"Maria Bonita" visita a EXPOTEC
Por Lucas Farias
Hoje Maria Bonita acordou não só para fazer café. Ela veio passear também pela EXPOTEC e aproveitar a programação do evento. Ela circulou pela feira com seus “cabelos pretos anelados e olhos castanhos delicados.”, como disse o poeta.
Quem deu vida a uma das personagens mais conhecidas da cultura nordestina foi Nilda Passoni, microempresária, paraibana de Sapé, radicada em João Pessoa há 21 anos. Desde que se interessou pela cultura popular vestiu, literalmente, a roupa do cangaço. Inquietada pela extinção cultural das comunidades que visitou, ingressou na militância pelo resgate dos valores que constituem a identidade do povo, junto com o instituto do qual é membro, o Paraíba Nossa Terra. A caraterização também faz parte da comemoração aos 104 anos de Maria Bonita, nascida em 8 de março de 1911 , na cidade de Paulo Afonso, Bahia.
O que ela não esperava era encontrar Lampião por aqui. O encontro foi virtual, mas rendeu uma boa conversa entre ela e os desenvolvedores do game, o grupo Narsvera, de Campina Grande. Vitor Quintans, diretor de arte, disse que o jogo une cultura pop à cultura regional. O objetivo é enaltecer e promover o contato com a cultura local.
Criado a partir do conhecimento dos idealizadores da cultura popular, o jogo tem uma proposta humanizada, se distanciando dos combates corporais sangrentos e da violência explícita. O avatar do rei do cangaço avança à medida que absolve artefatos culturais de outras tradições e ganha energia ao entrar em contato com elementos naturais da vegetação regional.
Para conhecer mais sobre o game é só passar no stand do grupo e experimentar um pouco desse universo. É o tecnológico em interação com o tradicional. Conheça e explore.