QR. CODE : Estratégia para leitura e produção de variados gêneros textuais na sala de aula.
O presente estudo pretende estimular à leitura e a produção de diversificados gêneros textuais em sala de aula da EJA e do ensino fundamental através de novas tecnologias não exploradas no cotidiano escolar e relacioná-las com o processo de ensino e aprendizagem, considerando alguns elementos que viabilizem o aprendizado de forma diferenciada, proporcionando ao aluno aulas mais dinâmicas, que o ajude a aprender melhor os conteúdos e refletir sobre os problemas apresentados. Igualmente, este projeto considera que através dos recursos tecnológicos disponíveis em sala de aula e os recursos que os alunos possuem e usam durante as aulas de língua portuguesa, podem auxiliar no seu aprendizado, tanto das questões da oralidade, quanto das questões da produção escrita, geradas no senso-comum se forem direcionados pelo professor. Uma das problemáticas que surgem durante as aulas é o uso dos aparelhos eletrônicos como os celulares, tablets, caixinhas de som, MP3, MP4, entre outros. O fato é que esta tecnologia trazida pelo aluno atrapalha a concentração dos educandos e a mesma pode ser usada a favor da produção de conhecimentos e auxiliar na leitura de textos que segundo a concepção dos alunos é chato e enfadonho. É comum vermos alunos com celulares nas mãos, jogando, enviando mensagens, escutando músicas ou até mesmo realizando ligações, se distraindo. Pensando em tudo isso, percebemos que o QR. CODE (código de barra) é uma das alternativas para incentivar a leitura de gêneros textuais diferenciados atreladas ao uso das tecnologias na sala de aula, desenvolvendo nos estudantes mais reflexões, mais críticas e mais soluções discutidas em sala de aula. Pretendo com este projeto demonstrar que é possível usar a tecnologia da informação a favor das aulas de língua portuguesa na educação de jovens e adultos e do ensino fundamental através do código de barra QR. CODE. Antunes (2007) ressalta a importância e a urgência do professor de língua portuguesa ir além da gramática para incluir o aluno no mundo da escrita, da leitura, da análise, da reflexão crítica e criadora, ela ainda afirma que é necessário o professor ir além da gramática para dar maior funcionalidade ao ensino de línguas: “A gramática apenas é pouco demais para essa travessia... Temos que ir muito além” (ANTUNES, 2007). A escola ainda não percebeu que pode ampliar o repertório de informações dos seus alunos da EJA e do ensino fundamental quando usa os recursos midiáticos na sala de aula. O QR. CODE é uma das possibilidades entre muitas para ser aplicada e resultar nas competências esperadas pela escola. Entre muitos pontos positivos no uso do QR. CODE podemos destacar a interatividade de atividades, a leitura e escrita entre textos orais e escritos, é veiculado entre diferentes suportes, tem diferentes propósitos comunicativos e está em conformidade com fatores socioculturais e contextuais segundo a escritora Irandé Antunes propõe para os professores de línguas. Conforme Rojo (2009) é preciso dispor os recursos tecnológicos pois, seus avanços na sala de aula nos dão suporte para o desenvolvimento do letramento tradicional para o multiletramento: O conhecimento e as capacidades relativas a outros meios semióticos estão ficando cada vez mais necessário à linguagem, tendo em vista, os avanços tecnológicos, as cores, os sons, os design... (LOPES; ROJO, 2009). Diante da nossa realidade, temos a capacidade de construir cidadãos mais críticos e condições favoráveis a formação da cidadania em um mundo dito globalizado. Tal encaminhamento levaria a maiores investimentos em práticas de multiletramento presente em todas as ações realizadas pelo QR. CODE na sala de aula. Cabendo, então aos professores se apropriarem das sugestões midiáticas que surgem com esses novos espaços que a tecnologia proporciona.